A tendência de baixa nas previsões se estende até 2028. Para 2026, a expectativa foi revisada de 4,28% para 4,27%. As projeções para os anos seguintes, 2027 e 2028, foram estipuladas em 3,83% e 3,6%, respectivamente. Apesar desse recuo, as estimativas ainda se situam acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi fixada em 3%, permitindo um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em um contexto recente, observou-se um aumento de 0,48% na inflação em setembro, uma recuperação após uma queda em agosto, influenciada, especialmente, pela alta nas tarifas de energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o IPCA atingiu 5,17%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para controlar a inflação e buscar o cumprimento da meta, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal ferramenta de política monetária. Atualmente, a Selic está estabelecida em 15% ao ano, um patamar que se mantém firme diante das incertezas do cenário econômico global e dos sinais de moderação do crescimento interno. O Comitê de Política Monetária (Copom) tem enfatizado a necessidade de manter essa taxa elevada por um longo periodo, visando manter a inflação sob controle.
As previsões de encerramento da Selic para 2025 permanecem em 15% ao ano, com uma redução esperada para 12,25% até o final de 2026. E para os anos subsequentes, as estimativas apontam quedas adicionais, com 10,5% ao ano em 2027 e 10% em 2028.
Além dos juros, o boletim Focus também revela um leve aumento nas expectativas de crescimento da economia brasileira, que passou de 2,16% para 2,17% em 2023. Para 2026, o crescimento estimado do Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,8%, com projeções de 1,82% para 2027 e 2% para 2028. Este crescimento, impulsionado, em grande parte, pela expansão dos setores de serviços e indústria, deve contribuir para um cenário econômico mais favorável, embora ainda desafiante.
A cotação do dólar também é um ponto de atenção, com estimativas de que a moeda norte-americana chegue a R$ 5,45 ao final deste ano, e atinja R$ 5,50 em 2026. Esses indicadores são monitorados de perto, pois impactam diretamente nas expectativas inflacionárias e no desempenho da economia brasileira.
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