A proibição do pagamento às betas, empresas de apostas eletrônicas, com cartão de crédito estava prevista para iniciar somente em 2025, juntamente com a implementação do novo modelo de regulação de apostas eletrônicas proposto pelo Ministério da Fazenda. No entanto, o aumento do endividamento dos apostadores levou o setor privado a antecipar essa decisão exigida pela Abecs.
De acordo com a associação, a preocupação principal é evitar o superendividamento da população devido ao crescimento das apostas online no país. A Abecs ressaltou que o uso de cartão de crédito no segmento de bets é mínimo, com a maioria das apostas sendo pagas através do Pix.
A discussão sobre a proibição do uso de outras formas de financiamento para apostas também foi levantada, com o Pix sendo apontado como um meio significativo de acesso a linhas de crédito, como o cheque especial, resultando em um aumento do endividamento.
Apesar da Abecs estimar que menos de 1% das apostas eletrônicas são pagas com cartões, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, calcula essa proporção em 5%. Por sua vez, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, estima que os cartões representam de 10% a 15% das apostas realizadas.
Com essa proibição em vigor, é esperado que o cenário das apostas online no Brasil passe por mudanças significativas, visando a proteção da população contra o superendividamento e o controle do crescimento desse mercado.