Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, na comparação com março de 2023, houve uma queda de 2,8% na produção industrial. No acumulado do ano, a indústria apresenta uma alta de 1,9%, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento foi de 0,7%.
Apesar da recuperação, a indústria brasileira ainda está 0,4% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, porém ainda apresenta uma queda de 16,3% em relação ao ponto mais alto da série histórica, alcançado em maio de 2011.
Na análise por atividades industriais, apenas cinco das 25 apresentaram alta em março. O setor de alimentos foi destaque, com um crescimento de 1%, impulsionado pela produção de carne e açúcar. Outros segmentos que registraram aumento foram produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,5%) e indústrias extrativas (0,2%).
Por outro lado, entre as 20 atividades em queda, os destaques negativos ficaram por conta dos ramos de veículos automotores (-6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) e produtos químicos (-2%).
Na análise das categorias econômicas da indústria, houve crescimento nos bens intermediários (1,2%) e nos bens de consumo semi e não duráveis (0,9%), enquanto os bens de consumo duráveis (-4,2%) e os bens de capital (-2,8%) apresentaram queda.
Esses dados demonstram um cenário de recuperação na produção industrial brasileira, mas também apontam para desafios e desigualdades entre os diferentes setores da economia. A expectativa é que o setor continue se recuperando nos próximos meses, impulsionado pela retomada da atividade econômica.
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