O resultado negativo é atribuído a diversos fatores, como a desvalorização do real em relação ao dólar e o aumento da taxa básica de juros (Selic), segundo André Macedo, gerente da pesquisa. Ele ressalta que o aumento dos juros pode impactar as expectativas de consumidores e empresários, afetando a demanda por bens de consumo. Além disso, o aumento no preço dos alimentos também pode ter contribuído para a queda na produção industrial, impactando a renda disponível das famílias e levando a uma redução no consumo.
Na comparação com novembro de 2023, a produção industrial registrou uma alta de 1,7%, marcando a sexta expansão consecutiva nesse tipo de comparação interanual. No entanto, ao analisar o desempenho de outubro para novembro de 2024, o IBGE destaca que 19 dos 25 ramos industriais apresentaram resultados negativos, com destaque para os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias, e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que tiveram as maiores influências negativas.
Apesar do cenário atual de retração, Macedo ressalta que o saldo da produção de veículos ainda está 14,2% acima do registrado em 2023. No entanto, o resultado de novembro (-0,6%) representa o menor para um mês de novembro desde 2019, quando houve uma queda de 2,3%. Em suma, o setor industrial enfrenta desafios decorrentes de diversos fatores econômicos e espera-se que medidas sejam tomadas para reverter a situação nos próximos meses.