ECONOMIA – Produção de Plástico Reciclado Cresce 7,8% em 2024, Gerando R$ 4 bilhões e Mais de 20 mil Novos Empregos no Setor de Reciclagem

A produção nacional de plástico reciclado, conhecido como resina plástica reciclada pós-consumo (PCR), alcançou impressionantes 1,012 milhão de toneladas em 2024. Esse número representa um crescimento de 7,8% em comparação ao ano anterior, um indicativo do avanço do setor de reciclagem no Brasil. O cenário positivo também se reflete nos números financeiros, com a indústria de reciclagem faturando R$ 4 bilhões, o que significa um aumento nominal de 5,8% em relação a 2023.

O aumento na produção não apenas beneficiou os números financeiros, mas também teve um impacto direto no mercado de trabalho, gerando 20.043 novos empregos diretos, o que representa uma alta de 7,7% em relação aos postos existentes. Além disso, a capacidade instalada das indústrias recicladoras teve um crescimento de 1,9%, alcançando 2,43 milhões de toneladas.

Dentre as diversas aplicações da resina PCR, os setores de Alimentos e Bebidas, e Higiene Pessoal, Cosméticos e Limpeza Doméstica se destacaram, consumindo, respectivamente, 167 mil e 132 mil toneladas. Isso denota uma crescente demanda por embalagens que utilizem materiais reciclados. Um desenvolvimento notável foi observado na Agroindústria, que demandou 92 mil toneladas de resina reciclada, apresentando um crescimento superior a 35% em relação ao ano anterior, impulsionada por usos como lonas, mangueiras e embalagens para agroquímicos.

A análise dos dados revela uma mudança significativa em relação aos principais destinos da resina reciclada desde 2018. Enquanto a construção civil liderava o consumo naquele ano, agora o setor de alimentos e bebidas assumiu um papel central, refletindo as novas regulamentações e o comprometimento das grandes marcas com práticas de sustentabilidade e economia circular.

Regionais desempenham um papel crucial na reciclagem de plástico no Brasil. As regiões Sudeste e Sul se destacam como as principais responsáveis por todas as fases da cadeia produtiva, desde a geração de resíduos até a produção da PCR. O Sudeste, em particular, é a maior geradora de resíduos plásticos, contabilizando 48,1% do total, com 2,3 milhões de toneladas. Esse polo também responde por 55,5% da produção de resina reciclada, somando 559 mil toneladas. A Região Sul segue na sequência, com 26,2% da produção de PCR, enquanto o Nordeste, cada vez mais relevante, contribui com 13,7% do total, marcando um expressivo crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior.

Esses dados reforçam a importância da reciclagem no Brasil e demonstram um caminho promissor rumo à sustentabilidade na indústria de plásticos.

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