Os números fazem parte do Boletim Mensal da Produção divulgado recentemente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O barril equivalente é uma medida utilizada para somar barris de petróleo e metros cúbicos de gás, facilitando assim a obtenção de dados consolidados sobre a produção energética do país.
No que tange à produção de petróleo em junho, o volume chegou a 3,409 milhões de barris por dia, o que representa um crescimento de 2,7% em comparação ao mês de maio e um aumento de 1,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já a produção de gás natural alcançou 150,07 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), marcando uma expansão de 3,1% em comparação a maio, mas com uma queda de 1,4% em relação a junho de 2023. Vale ressaltar que o aproveitamento do gás natural foi significativamente eficiente, chegando a 98%, com apenas 3,05 milhões de m³/d sendo queimados — uma redução de 14% na queima em comparação ao mês anterior e uma considerável queda de 33,4% em relação a junho do ano anterior.
A camada do pré-sal continua a ser uma área vital para a produção, sendo responsável por mais de três quartos (78,7%) do total de petróleo e gás natural produzidos no país. Em junho, a produção do pré-sal atingiu 3,424 milhões de boe/d, o que significa um crescimento de 3,3% em comparação ao mês anterior e 5,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este volume foi extraído a partir de 150 poços localizados no pré-sal, resultando em uma produção de 2,683 milhões de barris de petróleo por dia e 117,90 milhões de m³/d de gás natural.
Conforme explica a ANP, as variações na produção são esperadas e podem resultar de diversos fatores, como manutenção em plataformas, entrada em operação de novos poços, paradas para manutenção ou limpeza, e o início de montagem de novas unidades de produção.
No Brasil, a produção de óleo e gás é realizada em 6.551 poços, dos quais apenas 521 são marítimos, enquanto 6.030 são terrestres. Apesar de mais numerosos, os poços terrestres são responsáveis por uma pequena fração do total produzido, com os campos marítimos abrindo larga vantagem e produzindo 97,6% do petróleo e 86,8% do gás natural em junho. A Petrobras se destacou, sendo responsável por 89,5% de toda a produção, tanto de forma independente quanto em consórcio com outras empresas.
O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, se manteve como o maior produtor de petróleo e gás em junho, com a impressionante marca de 787,08 mil barris de petróleo por dia e 39,70 milhões de m³/d de gás natural. A FPSO Guanabara, localizada na jazida compartilhada de Mero, foi a plataforma com maior extração, produzindo 178.381 barris diários de petróleo e 11,64 milhões de m³/d de gás.
Geograficamente, o estado do Rio de Janeiro continua a ser o maior produtor de petróleo e gás natural do país, respondendo por 87% e 76% da produção, respectivamente.
Em termos globais, o Brasil se posiciona como o oitavo maior produtor de petróleo do mundo e o primeiro na América Latina. Entre os líderes globais estão os Estados Unidos, a Rússia e a Arábia Saudita, que, juntos, representam 41% da produção mundial. Em seguimento ao Brasil, os Emirados Árabes Unidos se destacam com uma produção de 3,3 milhões de barris por dia.
