Além disso, houve um aumento nas importações, consumo aparente e vendas internas, com índices de 24,4%, 9,6% e 8,7%, respectivamente. Esses números apontam para uma recuperação do setor siderúrgico brasileiro, que enfrentou desafios no passado recente.
As perspectivas para o fechamento do ano são positivas, com a previsão de encerrar 2024 com uma produção de 33,7 milhões de toneladas de aço bruto. No entanto, as exportações apresentaram um desempenho aquém do esperado, registrando uma queda de 18,5% em relação ao ano anterior, totalizando 8,8 milhões de toneladas.
Durante uma coletiva de imprensa, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, destacou a contribuição de setores-chave que dependem do aço, como o automotivo, que teve um aumento de 12,1%, e os setores de máquinas e equipamentos e construção civil, com variações positivas de 1% e 4,1%, respectivamente.
Em relação ao cenário internacional, Mello mencionou a China como um desafio, devido à sua prática “predatória” de dominar as exportações. Ele também ressaltou a importância da transição energética e destacou a responsabilidade da indústria siderúrgica na redução das emissões de gases de efeito estufa.
Para viabilizar essa transição para uma energia mais limpa, Mello enfatizou a necessidade de investimentos da ordem de R$ 180 bilhões por parte da indústria de aço. Ele também citou a utilização de sucata e do hidrogênio como alternativas para a descarbonização do setor siderúrgico.
Diante desse cenário, o Instituto Aço Brasil destaca a importância de estabelecer metas realistas e factíveis, visando garantir a sustentabilidade e competitividade da indústria siderúrgica brasileira no mercado global.