ECONOMIA – Produção da indústria brasileira recua em cinco regiões em abril, com Pará e Bahia liderando quedas, mostra pesquisa do IBGE

A produção da indústria brasileira teve um recuo em cinco das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de março para abril. Essa constatação foi divulgada nesta sexta-feira (14) pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional. Entre os estados que mais apresentaram queda estão Pará e Bahia, enquanto São Paulo se destacou com resultados positivos, atingindo um patamar superior ao período pré-pandemia.

No cenário nacional, a indústria registrou uma queda de 0,5% em abril, conforme já havia sido divulgado pelo IBGE na semana anterior. O Pará foi o estado que mais impactou esse resultado, com uma queda de 11,2% devido ao desempenho negativo do setor extrativo. Já a Bahia teve a segunda maior queda, com um recuo de 5,4%, principalmente nos setores de derivados do petróleo e produtos químicos.

Em contrapartida, o Paraná teve o maior crescimento, com uma alta de 12,8% impulsionada pelos setores de derivados do petróleo, indústria de alimentos e veículos. Pernambuco também se destacou com a segunda maior expansão, de 12,2%, devido aos setores de veículos automotores e derivados do petróleo. São Paulo, que concentra a maior parte da indústria brasileira, teve um crescimento de 1,9%, elevando o parque fabril paulista a um nível 1,8% acima do pré-pandemia.

Além desses destaques, outros estados apresentaram resultados positivos em abril, como Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A Pesquisa Indústria Mensal é um importante instrumento para analisar como o desempenho da indústria nacional se distribui pelo país.

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2024, a indústria nacional teve uma evolução positiva de 3,5%, com alta em 17 das 18 regiões pesquisadas. Os avanços mais expressivos foram registrados no Rio Grande do Norte (24,4%) e em Goiás (11,3%), enquanto apenas o Pará teve um recuo de 1,7%. Ainda não é possível mensurar os efeitos das calamidades naturais que ocorreram em algumas regiões do país, o que poderá ser observado nas próximas divulgações da PIM Regional.

Sair da versão mobile