ECONOMIA – Previsões do Mercado para 2025: Economia Brasileira Estabiliza Crescimento e Inflação Acima da Meta de 4,55% em Acompanhamento do Boletim Focus.

As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos brasileiros em 2025 mantiveram-se inalteradas, conforme divulgado no mais recente Boletim Focus, publicado nessa segunda-feira. Essa pesquisa, realizada com diversas instituições financeiras, é uma ferramenta importante para compreender as expectativas futuras da economia.

A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano permanece em 2,16%. Para 2026, a expectativa é que o PIB cresça novamente, mas em um ritmo mais lento, com uma taxa projetada de 1,78%. Olhando para os anos seguintes, as previsões indicam uma leve recuperação, com estimativas de crescimento de 1,88% para 2027 e 2% para 2028. Esse crescimento é sustentado principalmente pela expansão dos setores de serviços e indústria, que contribuíram para um avanço de 0,4% da economia no segundo trimestre deste ano, refletindo uma continuidade de crescimento pela quarta vez consecutiva.

Além disso, a cotação do dólar para o final de 2025 é projetada em R$ 5,41, com uma expectativa de leve apreciação para R$ 5,50 até o final de 2026.

No que tange à inflação, representada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão atualiza-se para 4,55% em 2025, e permanece em 4,2% para 2026. As expectativas para os anos subsequentes são de 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028. É importante notar que a previsão de inflação para este ano ainda ultrapassa o teto da meta estipulada pelo Banco Central, estabelecida em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Recentemente, foi constatado um aumento de 0,48% na inflação em setembro, impulsionado significativamente pelas tarifas de energia elétrica. Assim, o acumulado dos últimos 12 meses do IPCA alcançou 5,17%, evidenciando a pressão inflacionária persistente.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que se mantém em 15% ao ano. Apesar da manutenção dessa taxa, o Comitê de Política Monetária (Copom) não descarta a possibilidade de eventuais aumentos no futuro, caso necessário. O cenário atual permanece incerto, influenciado pela política econômica dos Estados Unidos e suas repercussões no Brasil. Assim, espera-se que a Selic permaneça elevada até o final de 2025, com estimativas de redução gradual para 12,25% em 2026, e 10,5% e 10% nos anos seguintes. Essa dinâmica, que envolve a relação entre juros, crédito e consumo, será fundamental para o futuro da economia brasileira.

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