Para os anos seguintes, as análises apontam uma leve diminuição nas taxas de inflação: a projeção para 2026 passou de 4,44% para 4,43%, enquanto os anos de 2027 e 2028 têm estimativas de 4% e 3,8%, respectivamente. Vale ressaltar que a previsão para 2025 ainda se encontra acima do limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cuja meta é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que a inflação deveria ficar entre 1,5% e 4,5%.
Os desdobramentos recentes da inflação foram influenciados por uma série de fatores, incluindo a queda nos preços dos alimentos, um reflexo que ajudou a moderar a inflação oficial. Mesmo com a desaceleração nos últimos meses, o índice acumulado em 12 meses ainda se situou em 5,35%, excedendo o teto da meta por seis meses consecutivos, o que poderia demandar uma carta aberta do presidente do Banco Central ao ministro da Fazenda explicando o descumprimento da meta e as medidas que serão tomadas para corrigi-lo.
Para combater a inflação e alcançar as metas estabelecidas, o Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. Recentemente, após um ciclo de aumento das taxas, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pausar os aumentos, um reflexo da desaceleração econômica e da diminuição da inflação. Contudo, a instabilidade nos mercados financeiros globais e a política comercial dos Estados Unidos continuam a criar incertezas sobre as expectativas de preços.
As previsões também se estendem ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que deverá crescer 2,23% em 2025, com leves ajustes para anos subsequentes. O crescimento é impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, mas a situação econômica continua a demandar atenção. Por fim, a cotação do dólar é projetada a R$ 5,60 no final deste ano, com uma expectativa de leve alta para R$ 5,70 até 2026, refletindo a volatilidade do mercado cambial. A complexidade do ambiente econômico brasileiro exige vigilância contínua, pois as decisões tomadas hoje podem ter um impacto duradouro no futuro econômico do país.