Já para os próximos anos, as projeções se mantêm mais estáveis. Para 2026, a estimativa de inflação se manteve em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028, as previsões chegaram a 4% e 3,8%, respectivamente. É importante ressaltar que a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) está em 3%, com uma margem de tolerância que varia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo assim limites de 1,5% e 4,5%.
Recentemente, os dados de inflação mostraram uma desaceleração, com o IPCA de maio encerrando em 0,26%, uma queda em relação aos 0,43% registrados em abril. No acumulado do ano, a inflação fica em 2,75%, enquanto nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,32%.
O Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, como principal ferramenta para controlar a inflação. Apesar da redução recente nos índices de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento seguido em um ciclo de aperto monetário. Essa decisão foi uma surpresa para parte do mercado, que esperava estabilidade.
O Copom indicou que a Selic deve ser mantida nesse nível nas próximas reuniões, à medida que observa os impactos das taxas altas na economia, mas não descartou novos aumentos caso a inflação mostre sinais de elevação. As expectativas do mercado sugerem que a Selic possa fechar 2025 em 15% ao ano, com previsões de queda para 12,5% em 2026 e 10,5% e 10% nos anos seguintes.
Quanto ao crescimento da economia, o Boletim Focus trouxe um leve ajuste na projeção para 2023, passando de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,87% para 1,86%, enquanto para 2027 e 2028 a projeção é de uma expansão de 2% em ambos os anos. No entanto, o PIB brasileiro apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxado pelo setor agropecuário. A previsão para o câmbio é que o dólar atinja R$ 5,70 ao fim deste ano e R$ 5,75 até 2026.
Esses indicadores são cruciais para entender o cenário econômico do Brasil, refletindo um contexto de cautela tanto para o setor financeiro quanto para os consumidores. A escolha das ações do Banco Central, assim como as reações do mercado, formam um ciclo que influencia diretamente a vida financeira do país.