ECONOMIA – Previsão da inflação em 2025 é ajustada para 4,33%, mantendo-se dentro da meta do Banco Central pela sexta semana consecutiva.

A recente divulgação do boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, apresenta uma leve diminuição nas expectativas do mercado financeiro em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete a inflação oficial do Brasil. Para 2025, a previsão passou de 4,36% para 4,33%. Esse ajuste representa a continuidade de uma tendência recorrente, uma vez que essa é a sexta semana consecutiva em que as projeções para a inflação são revisadas para baixo.

As expectativas para anos subsequentes também foram alteradas. Para 2026, a inflamação projetada recuou de 4,1% para 4,06%. Já para 2027 e 2028, as previsões foram estabelecidas em 3,8% e 3,5%, respectivamente. Essas alterações são significativas, especialmente considerando que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estipulou uma meta de inflação de 3%, com um intervalo de tolerância que varia de 1,5% para cima e para baixo, estabelecendo um limite superior de 4,5% e um inferior de 1,5%.

No último mês, a alta nos preços das passagens aéreas resultou em um índice de 0,18% para a inflação acumulada em novembro, o que elevou a inflação em 12 meses para 4,46%, dentro do intervalo desejado pelo CMN. A Taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação, e sua mantida estabilidade busca enfrentar o cenário de grandes incertezas econômicas.

Paralelamente, as expectativas em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também foram revisadas. A previsão de crescimento para este ano aumentou de 2,25% para 2,26%. Para 2026, a projeção caiu para 1,8%, com estimativas de crescimento de 1,81% e 2% para 2027 e 2028, respectivamente. Esses números indicam um ambiente de recuperação econômica impulsionado por setores como serviços e indústria, que, no segundo trimestre deste ano, contribuíram para um crescimento de 0,4%.

A cotação do dólar, por sua vez, é projetada para encerrar o ano em R$ 5,43, com uma expectativa levemente superior de R$ 5,50 para o final de 2026. Estas expectativas refletem um panorama complexo, onde as decisões políticas monetárias e as condições econômicas globais continuam a influenciar as perspectivas do mercado nacional.

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