Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27). Mesmo com a alta em março, houve uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 registrou 1,23%. Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice mostrou um acréscimo de 0,36%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram aumento nos preços em março. O destaque ficou para o grupo de alimentos e bebidas, que teve uma elevação de 1,09%, contribuindo com 0,24 ponto percentual para o IPCA-15. Em fevereiro, essa variação havia sido de 0,61%.
Dentre os subitens alimentícios que mais pressionaram a inflação em março estão ovo de galinha, café moído, tomate, refeição e mamão. A preocupação com a inflação dos alimentos levou o governo a adotar medidas para conter os aumentos, como a redução do imposto de importação de itens como o café.
O grupo de transportes também teve um impacto significativo na inflação de março, passando de 0,44% em fevereiro para 0,92%. Alimentos e transportes juntos foram responsáveis por cerca de dois terços da alta do IPCA-15. O aumento nos preços dos combustíveis foi o principal fator dessa elevação.
Outros grupos, como habitação e educação, que haviam registrado aumentos superiores a 4% em fevereiro, apresentaram uma desaceleração em março. O acumulado de 12 meses do IPCA-15 é o maior desde março de 2023, demonstrando uma preocupação em relação à inflação no país.
O IPCA-15, assim como o IPCA, é um índice importante para basear a política de meta de inflação do governo. Ambos consideram uma cesta de produtos e serviços para famílias de diferentes faixas de renda. O índice cheio de março será divulgado em 11 de abril, trazendo mais informações sobre a variação de preços no país.
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