ECONOMIA – “Presidente da Febraban alerta sobre riscos das apostas online para lavagem de dinheiro e pede ação conjunta entre governo e sociedade”

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, expressou preocupações significativas sobre o uso das apostas esportivas online, conhecidas como “bets”, no contexto da lavagem de dinheiro. Durante um seminário realizado em Brasília, que abordou temas relacionados a lavagem de dinheiro e o combate ao crime organizado no Brasil, Sidney destacou a necessidade urgente de uma atuação conjunta entre o poder público e a sociedade. Para ele, a colaboração é crucial para evitar que esses jogos online sejam manipulados como ferramentas de facilitação de atividades ilegais.

Em suas declarações, Sidney enfatizou que as plataformas de apostas online apresentam um alto risco de serem utilizadas para a lavagem de dinheiro, o que ressalta a importância de uma regulamentação mais rigorosa e uma fiscalização eficaz. Ele defendeu que tanto o governo quanto o setor privado devem adotar medidas firmes para prevenir que organizações criminosas se aproveitem dessas plataformas para expandir suas operações financeiras.

O evento, organizado pelo Instituto Esfera Brasil e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, serviu como um espaço para discutir não apenas os desafios associados à lavagem de dinheiro, mas também as implicações sociais e psicológicas das apostas. Isaac Sidney reforçou que é essencial separar práticas legítimas de apostas de operações irregulares, além de considerar o impacto negativo que essa prática pode ter sobre indivíduos suscetíveis a vícios em jogos.

Sidney alertou para o cenário atual em que a publicidade de jogos de apostas online está se proliferando, levantando preocupações sobre a exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade. Ele afirmou que é alarmante ver empresas operando com falta de transparência, lucrando em cima de consumidores que podem estar em situações críticas.

Diante desse panorama, o presidente da Febraban destacou que há um longo caminho a percorrer em termos de regulamentação e supervisão das apostas. Ele reforçou a importância de proteger não apenas a integridade do sistema financeiro, mas também a saúde mental das pessoas, evidenciando que o desafio é multifacetado e requer uma abordagem abrangente e integrada.

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