ECONOMIA – Prefeito Eduardo Paes Critica Flexibilização de Passageiros no Santos Dumont e Agenda Encontro com Ministro dos Portos em Janeiro

Após manifestar seu descontentamento com a proposta do governo federal de flexibilizar o limite de passageiros no Aeroporto Santos Dumont, situado no coração do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes sinalizou uma tentativa de diálogo com as autoridades pertinentes. Ele anunciou que se reunirá com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na segunda quinzena de janeiro, com o objetivo de discutir soluções que atendam tanto os interesses locais quanto nacionais.

Em suas declarações na rede social X, Paes reforçou sua parceria com o ministro, destacando que Costa Filho tem sido um aliado na coordenação do sistema aeroportuário do Rio, promovendo iniciativas que visam fortalecer o Aeroporto Internacional do Galeão, também na cidade. O prefeito expressou sua gratidão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, tem demonstrado sensibilidade em relação a este assunto delicado.

A origem das preocupações de Paes é a recente movimentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que, segundo ele, estaria agindo nas “sombras” para flexibilizar o teto de 6,5 milhões de passageiros anuais no Santos Dumont. Essa interpretação é complexa, uma vez que a Anac, vinculada ao Ministério, é a principal reguladora do setor aéreo no Brasil. O prefeito acredita que a manutenção desse teto é essencial para a recuperação do Galeão, que foi severamente impactado pela pandemia de Covid-19.

O Aeroporto Santos Dumont, administrado pela Infraero, é atrativo por sua localização central e proximidade com áreas turísticas, enquanto o Galeão, controlado pela Changi, está situado na Ilha do Governador, a cerca de 20 quilômetros de distância. O Galeão, que foi concedido à iniciativa privada em 2014, passou por dificuldades financeiras e buscou renegociar seu contrato em decorrência dos impactos da pandemia.

Estatísticas recentes revelam que, após a implementação do teto no Santos Dumont, o número de passageiros quase caiu pela metade, enquanto o Galeão viu um crescimento expressivo no fluxo de passageiros. Essa dinâmica levanta questionamentos sobre o impacto econômico e logístico para a cidade e para o estado.

A expectativa é que a reunião entre Paes e Costa Filho em janeiro traga avanços na discussão sobre a movimentação de passageiros entre os dois principais aeroportos da cidade, com um olhar atento a como essas mudanças possam beneficiar o setor aéreo e a economia local.

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