Além do mercado de trabalho, a Fiesp destaca que a renda das famílias também tem crescido devido às transferências governamentais, ao aumento do salário-mínimo e ao pagamento dos precatórios. No segundo trimestre, a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS também contribuiu para a ampliação da massa salarial.
A indústria de transformação tem se beneficiado desse cenário positivo, com destaque para a categoria de bens de capital e bens de consumo. A produção de veículos pesados e de máquinas e aparelhos elétricos tem impulsionado esse setor, apoiado pela melhora das condições de crédito e recuperação da confiança dos empresários.
No entanto, a Fiesp ressalta que a indústria ainda enfrenta desafios estruturais, apesar do recorde Nível de Utilização da Capacidade Instalada. O estoque de capital tem mostrado estagnação desde 2015, refletindo o ambiente econômico adverso que tem impactado os investimentos no setor.
Para a segunda metade do ano, a Fiesp espera uma acomodação da atividade econômica devido ao menor impulso fiscal e à política monetária restritiva. Com base nas informações disponíveis e nas surpresas positivas do primeiro semestre, a projeção de crescimento da economia brasileira foi revisada para 2,7% em 2024. Já o PIB do estado de São Paulo teve sua projeção aumentada para 2,5% neste ano.
