ECONOMIA – Petroleiros Aprovaram Greve Nacional: Mobilização Começa na Segunda-feira Após Rejeição de Proposta Insatisfatória da Petrobras para Acordo Coletivo de Trabalho.

Depois de um intenso período de assembleias realizadas em todo o Brasil, os trabalhadores do Sistema Petrobras decidiram, em unanimidade, pela deflagração de uma greve nacional, que terá início à zero hora do dia 15 de outubro. A mobilização foi motivada pela insatisfação com a recente contraproposta apresentada pela companhia no contexto das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) — proposta que foi rejeitada por ser considerada insuficiente pelos sindicatos que representam a categoria.

A nova oferta da Petrobras foi apresentada no dia 9 de outubro, mas, segundo os representantes dos trabalhadores, ela não trouxe avanços significativos em questões consideradas cruciais. Entre os pontos importantes, destacam-se a necessidade de uma solução para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que afetam diretamente aposentados e pensionistas. Além disso, os trabalhadores cobram melhorias no plano de cargos e salários, com garantias de recomposição sem ajustes fiscais, e a promoção de uma agenda que defenda a Petrobras como uma empresa pública, fortalecendo sua posição no mercado.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) enfatizou que, além da falta de respostas sobre os PEDs — um tema que já ocupa o debate há quase três anos — a empresa não apresentou soluções satisfatórias para outras questões pendentes que surgiram ao longo das negociações.

Com a contraproposta rejeitada, os sindicatos irão notificar oficialmente a Petrobras sobre a paralisação na sexta-feira, 12 de outubro, cumprindo os trâmites legais necessários. Enquanto isso, aposentados e pensionistas de várias regiões do país iniciarão uma vigília em frente ao Edifício Senado, sede da Petrobras no Rio de Janeiro, a partir do dia 11, exigindo soluções para os problemas relacionados aos equacionamentos da Petros e fortalecendo a mobilização.

Essas ações de protesto estão alinhadas com reuniões que representantes da categoria estão realizando em Brasília com membros do governo e da Comissão Quadripartite, que inclui diversas entidades ligadas à Petrobras. A FUP, juntamente com os sindicatos, afirma estar disposta ao diálogo, mas ressalta que a firmeza demonstrada nas assembleias e as mobilizações são um claro sinal da disposição da categoria em pressionar por melhorias nas negociações do ACT.

Em resposta a essas movimentações, a Petrobras divulgou uma nota oficial, reafirmando seu compromisso com o diálogo aberto com as entidades sindicais. A empresa declarou que sempre esteve em negociação e apresentou, em sua última proposta, avanços para a categoria, considerando a importância de um novo acordo. Além disso, a Petrobras assegurou que respeita o direito de manifestação dos seus empregados e, se necessário, adotará medidas para garantir a continuidade de suas operações durante a greve.

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