Os investimentos incluem um aporte considerável na Braskem, que ocupa a sexta posição entre as indústrias petroquímicas do mundo e onde a Petrobras possui uma participação acionária significativa. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, referiu-se a esse plano como “gigantesco”, evidenciando a conexão entre diversos projetos, como a Rota 3, que se encarrega do escoamento de gás natural dos campos de pré-sal na Bacia de Santos; o Complexo de Energias Boaventura, anteriormente conhecido como Comperj; e a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
Chambriard ressaltou que esse megaprojeto vai além do tradicional segmento de exploração e produção de petróleo, enfatizando o esforço para agregar valor e gerar emprego e renda para a sociedade. O projeto abrange uma vasta rede de empresas que se beneficiarão das atividades nas regiões ao redor de Duque de Caxias e Itaboraí.
O detalhamento dessas iniciativas ocorreu na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, com a presidente participando de forma remota, já que estava em Portugal. Ela retornará ao Brasil para acompanhar uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Refinaria Duque de Caxias.
Os R$ 33 bilhões representam uma revisão do plano inicial, que havia estimado R$ 20 bilhões. A integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura será responsável por uma parte significativa desse investimento, com a geração de aproximadamente 30 mil postos de trabalho.
Na Refinaria Duque de Caxias, um dos principais focos é aumentar a produção de Diesel S10, que terá uma ampliação de 76 mil barris por dia, além de um aumento na produção de querosene de aviação e lubrificantes. A evolução da produção também permitirá a fabricação do combustível sustentável de aviação (SAF) e o rerefino de lubrificantes usados.
Adicionalmente, o pacote inclui planos para minimizar a dependência do Brasil por importações de ácido acético e monoetileno glicol, produtos essenciais na fabricação de plásticos e tintas. A unidade da Braskem em Duque de Caxias será integral à expansão da produção de polietileno, reforçando a capacidade local e a geração de empregos.
Por fim, também estão previstas três usinas termelétricas com capacidade total de 1.200 megawatts, que vão contribuir para a matriz energética do país. A Refinaria, com um histórico significativo de consumo energético, receberá melhorias que fortalecerão sua eficiência.
Com esses passos, a Petrobras reafirma seu compromisso com o estado do Rio de Janeiro, que permanece como o centro das atividades petrolíferas do Brasil. A expectativa é que essa série de investimentos promova não apenas a geração de empregos, mas também um fortalecimento macroeconômico para a região.