Essa recuperação nos números de produção, que alcançou 3,14 milhões de barris por dia, também reflete uma estratégia clara de foco em produtos de maior valor agregado. William França, diretor de Processos Industriais e Produtos, destacou que a Petrobras diminuiu a produção de produtos menos rentáveis e aumentou a de diesel, gasolina e querosene de aviação, refletindo uma estratégia bem-sucedida de adaptação ao mercado.
Fernando Melgarejo, diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores, comentou sobre os desafios enfrentados pela empresa, especialmente considerando a queda no preço do barril de petróleo Brent, que caiu de US$ 80,18 para US$ 69,07. Mesmo com esse cenário adverso, a Petrobras conseguiu manter uma eficiência operacional elevada, gerando valor tanto para acionistas quanto para a sociedade.
Em relação aos retornos aos acionistas, o Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos, embora a possibilidade de distribuições extraordinárias tenha sido descartada por Melgarejo. Ele esclareceu que a empresa não possui caixa suficiente para considerar dividendos adicionais, enfatizando a necessidade de resultados consistentes para tais decisões.
Quanto à política de preços, Claudio Schlosser, diretor executivo de Logística, reafirmou que a empresa não tem adotado práticas de congelamento de preços, como as que eram comuns no passado. Ele destacou que a Petrobras está evitando repassar rapidamente as oscilações de preços internacionais para as tarifas internas, uma estratégia que, segundo ele, visa proteger a rentabilidade em um ambiente de alta volatilidade.
