ECONOMIA – “Petrobras monitora conflito entre Israel e Hamas e avalia impactos no mercado de petróleo”

A Petrobras está atenta aos acontecimentos recentes no Oriente Médio, onde o conflito entre Israel e o grupo Hamas tem gerado preocupações em relação ao impacto no mercado de petróleo. O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da empresa, Claudio Schlosser, afirmou que, até o momento, os impactos desse conflito têm sido menores, mas ressaltou que, em caso de agravamento, a oferta de petróleo na região poderia ser afetada.

Schlosser apontou que a Petrobras importa petróleo da Arábia Saudita, especificamente para a produção de lubrificantes na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). No entanto, até o momento, a empresa não identificou alterações significativas no fluxo desse petróleo para suprimento. Em relação ao diesel russo, ele mencionou que a Petrobras está monitorando os indicadores, considerando que é uma das alternativas do mercado.

Além disso, Schlosser destacou que a dinâmica entre o consumo de diesel e gasolina é diferente durante o terceiro e quarto trimestres do ano. No ciclo anual, observa-se um aumento do consumo de diesel em outubro, devido à forte atividade agrícola e industrial, seguido por uma redução. Já o consumo de gasolina tende a aumentar em dezembro e janeiro, devido à entrada do 13º salário e ao início das férias.

Em relação aos preços dos combustíveis, Schlosser reforçou que a estratégia da Petrobras é mitigar a volatilidade do mercado internacional das cotações e da taxa de câmbio, sem transferir esses impactos para o mercado brasileiro. Ele ressaltou a grande volatilidade no mercado de petróleo atualmente, atribuindo-a a fatores como o enfraquecimento da economia chinesa, os conflitos no Oriente Médio e África, e os cortes na oferta de petróleo pela Opep+.

O diretor também mencionou que a Petrobras está revisando seu Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028 e que ainda está em fase de discussão pela diretoria. O planejamento inclui estudos de oportunidades de negócios no Brasil e no exterior, mas nenhuma decisão sobre investimentos será tomada até que o plano estratégico seja finalizado. A previsão é que o processo seja concluído até o final deste ano.

Em resumo, a Petrobras está atenta às tensões geopolíticas no Oriente Médio e seus possíveis impactos no mercado de petróleo. A empresa segue monitorando a situação e avaliando oportunidades de negócios, mantendo seu foco na mitigação da volatilidade do mercado internacional e no equilíbrio do mercado brasileiro. A revisão do Plano Estratégico 2024-2028 também demonstra o compromisso da empresa em se adaptar às condições econômicas e geopolíticas em constante mudança.