Alckmin destacou que, em conjunto com este fornecimento ao mercado indiano, a Petrobras planeja lançar 18 blocos para exploração de petróleo nas bacias de Santos e Campos, um recorde para a estatal. A ampliação das operações offshore é vista como uma resposta à demanda crescente e à necessidade de diversificação nos mercados, propondo um cenário positivo para a indústria petrolífera brasileira.
O pacto energético está inserido numa agenda mais ampla de cooperação entre o Brasil e a Índia, cujo objetivo é elevar o comércio bilateral, atualmente restrito por um tratado que cobre apenas 450 categorias de produtos. Alckmin revelou ambições de aumentar o volume de trocas comerciais para US$ 15 bilhões até 2025 e US$ 20 bilhões até 2026. As discussões visam expandir o número de produtos beneficiados e oferecer reduções tarifárias mais significativas, de modo a aumentar a competitividade em um cenário global cada vez mais aos desafios.
Além disso, a missão brasileira em Nova Déli incluiu reuniões com representantes de 20 setores, abrangendo agronegócio, tecnologia, energia e saúde. As pautas discutidas envolveram a diminuição de tarifas e o acesso ao mercado indiano, assim como a implementação de um visto eletrônico para facilitar a mobilidade de empresários. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participará das negociações no setor da saúde, reforçando a intenção de estreitar laços cooperativos.
Essas iniciativas ocorrem em um momento crítico de reconfiguração geopolítica, onde Brasil e Índia buscam consolidar suas posições como protagonistas do Sul Global e diversificar suas relações comerciais em meio a tensões internacionais. A parceria entre os dois países poderá servir de modelo para futuras colaborações que visem desenvolver uma economia mais resiliente e influente no cenário global.