ECONOMIA – “Petrobras descarta mudanças imediatas nos preços dos combustíveis, apesar das tensões no Oriente Médio e garante continuidade na exploração na Margem Equatorial.”



Na última quarta-feira, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, abordou a estabilidade dos preços dos combustíveis em meio aos recentes conflitos entre Israel e Irã. Durante entrevista, ela destacou que é prematuro considerar mudanças nos preços dos combustíveis devido à instabilidade no Oriente Médio, uma região crucial para a produção e logística global de petróleo e gás.

Chambriard enfatizou que o cenário atual é muito recente, com apenas cinco dias desde o surgimento dos conflitos. Ela destacou que a Petrobras adota uma abordagem cautelosa em suas decisões de precificação, afirmando que movimentos bruscos não estão nos planos da empresa. “Aumentos ou reduções nos preços são baseados em análises cuidadosas e em tendências consistentes, evitando assim a volatilidade do mercado internacional em nosso país”, afirmou.

Adicionalmente, a navegabilidade do Estreito de Ormuz, onde cerca de 21 milhões de barris de petróleo transitam diariamente, é uma preocupação central do mercado global. Esse estreito é estratégico, pois representa aproximadamente 21% do petróleo consumido mundialmente. Em resposta às inquietações em relação a possíveis interrupções de navegação, Claudio Schlosser, diretor de logística da Petrobras, minimizou os riscos para a empresa. Segundo ele, embora restrições ou diminuição no fluxo de navios sejam possibilidades, o fechamento total do estreito parece improvável, especialmente com os aliados do Irã, como Catar e Kuwait, incentivando a navegação na região.

Em uma coletiva realizada no Rio de Janeiro, Magda também foi questionada sobre o processo de exploração de petróleo na Margem Equatorial, reafirmando que a empresa cumpre todas as exigências do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Um novo passo no processo deverá ocorrer em breve, conforme a sonda de perfuração se desloca para o Ceará antes de seguir para a Margem Equatorial.

Em outro contexto, a Petrobras teve um desempenho notável no recente leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no qual adquiriu 13 blocos de exploração, investindo um total de R$ 139 milhões. Outros blocos foram adquiridos por diversas empresas, totalizando mais de R$ 989 milhões em vendas e investindo um montante mínimo previsto de R$ 1,45 bilhão na fase de exploração. Esse movimento no setor de petróleo reflete não apenas a robustez da Petrobras, mas também os esforços contínuos da empresa para expandir suas operações em novas áreas estratégicas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo