ECONOMIA – Petrobras busca adquirir campos de petróleo na África para aumentar reservas e combater declínio da produção após 2030.

A Petrobras está buscando expandir seu portfólio de reservas de petróleo, com planos de adquirir campos em países africanos como Angola, Namíbia e África do Sul. A diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos, revelou o interesse durante um evento em Nova Déli, na Índia. Essa estratégia visa compensar o declínio previsto na produção de petróleo a partir de 2030. A empresa brasileira está em negociações com grandes petroleiras internacionais, como ExxonMobil, Shell e TotalEnergies, que já são parceiras da Petrobras em projetos no Brasil.

Essa iniciativa de buscar novos campos de petróleo em países africanos faz parte de uma estratégia mais ampla da Petrobras em explorar novas fronteiras. No ano passado, a empresa retomou suas operações no continente africano ao adquirir participações em blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe. Além disso, o Conselho de Administração aprovou a atuação da Petrobras na África do Sul, especificamente no bloco Deep Western Orange Basin.

No Brasil, a companhia tem interesse especial na Margem Equatorial, que é considerada uma região com grande potencial exploratório. No entanto, a exploração nessa área depende da autorização do Ibama, órgão responsável pela proteção do meio ambiente no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente pressionou o Ibama para conceder essa autorização, apesar das preocupações ambientais levantadas por ativistas.

Além das operações na América do Sul e nos Estados Unidos, a Petrobras tem se destacado por sua produção de óleo e gás natural. Em 2024, a produção total da empresa atingiu 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia, com mais de 80% provenientes do pré-sal. As reservas provadas da Petrobras totalizaram 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente no final de 2024, com um aumento significativo em relação ao ano anterior.

Diante desse cenário, a Petrobras reforça a importância de investir na maximização do fator de recuperação, na exploração de novas fronteiras e na diversificação do portfólio para garantir a reposição das reservas de petróleo e gás. Com uma estratégia agressiva de expansão e diversificação, a estatal brasileira busca se posicionar como uma das principais players no mercado global de energia.

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