ECONOMIA – Petrobras Arremata Direitos de Jazidas do Pré-Sal em Leilão, Aumentando Participação em Mero e Atapu com Investimento Superior a R$ 8,7 Bilhões.

Na quarta-feira (4), a Petrobras conquistou os direitos e obrigações da União nas jazidas compartilhadas de Mero e Atapu, durante um leilão organizado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). Essa transação, que envolve cifras superiores a R$ 8,7 bilhões, marca uma significativa elevação na participação da estatal nesses dois importantes campos do pré-sal. Essa estratégia está alinhada com o Plano de Negócios de 2026 a 2030, que visa a reposição das reservas de petróleo e gás.

No campo de Mero, a Petrobras, em um consórcio com a Shell Brasil, adquiriu uma participação de 3,5% pertencente à União, totalizando um investimento de R$ 7,791 bilhões. Com essa aquisição, a participação da estatal na jazida aumentou de 38,6% para 41,4%. Já em Atapu, a Petrobras, que também opera em parceria com a Shell, adquiriu 0,95% da União por R$ 1 bilhão, elevando sua participação de 65,687% para 66,38%.

O plano financeiro envolve um pagamento programado para dezembro de 2025, totalizando R$ 6,97 bilhões, com a assinatura dos contratos prevista para março de 2026. A companhia informou que este desembolso já estava previsto, considerando que os volumes adquiridos estão dentro de uma margem de 4% em relação à projeção de produção do seu Plano de Negócios.

O leilão foi realizado de acordo com a Lei nº 15.164/2025, que modificou a Lei nº 12.351/2010, permitindo à União alienar direitos e obrigações relacionados a acordos de individualização de produção em áreas não concedidas ou não partilhadas no pré-sal. Este passo é visto como uma maneira de fortalecer a posição da Petrobras no mercado de petróleo e gás, ao mesmo tempo em que busca otimizar suas reservas e garantir a sustentabilidade de suas operações no futuro.

A movimentação é um indício do crescente interesse das empresas de energia nas vastas reservas do pré-sal brasileiro, o que pode ter implicações significativas para o setor e para a economia nacional como um todo.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo