A cifra total inclui uma variedade de tributos, tais como impostos e contribuições que têm como destino a União, estados e municípios, além das participações governamentais, que são essencialmente royalties pela exploração de petróleo e compensações financeiras vinculadas a campos com alta produtividade.
A União foi a principal beneficiária dos tributos pagos, recebendo diretamente R$ 77,1 bilhões, sendo R$ 45,3 bilhões relativos a tributos federais e R$ 31,8 bilhões em participações. Vale ressaltar que uma parte desta arrecadação é redirecionada para outros estados e municípios.
De acordo com os dados apresentados pela estatal, os pagamentos realizados no primeiro semestre de 2025 equivalem a 5,4% de toda a arrecadação federal, que por sua vez representa uma queda de 11,9% em relação ao que foi pago no mesmo período em 2024. A Petrobras apontou que essa redução foi principalmente impactada pelo recolhimento de tributos sobre o lucro e o faturamento, como o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e as contribuições PIS e Cofins. No entanto, o montante destinado a participações governamentais apresentou um aumento de 3% em comparação ao ano anterior.
Nos estados, a Petrobras contribuiu com R$ 53,6 bilhões, correspondendo a 12% da arrecadação total das unidades federativas. Esse valor foi 7,8% superior ao registrado no primeiro semestre de 2024, reflexo do aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, que teve seus novos valores implementados em fevereiro.
Dentro do cenário estadual, São Paulo liderou em arrecadação com R$ 11,3 milhões provenientes da Petrobras, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Em algumas regiões, como Mato Grosso do Sul, a Petrobras representa mais de 52% da total arrecadação.
Os municípios também foram beneficiados, recebendo R$ 1 bilhão em tributos no primeiro semestre de 2025, uma quantia significativamente maior do que os R$ 0,7 bilhão do mesmo período de 2024. A grande maioria dessa arrecadação municipal provém do Imposto sobre Serviços (ISS) e do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).