ECONOMIA – Pesquisa da FecomercioSP revela que 77% das famílias brasileiras possuem dívidas, com destaque para aumento em 1,45 milhão de lares endividados nos últimos dois anos.



Um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revelou dados alarmantes sobre o endividamento das famílias brasileiras. De acordo com a pesquisa, 77% das famílias possuem alguma dívida, o que representa um aumento de 1,45 milhão de famílias endividadas nos últimos dois anos. Além disso, 29% das famílias estão com contas em atraso e 13% afirmam não ter condições de quitar seus débitos.

O estudo foi realizado com 18 mil famílias em 27 capitais em julho, e mostrou que mais da metade das famílias endividadas (52%) se concentram na região Sudeste. As capitais com maior quantidade de famílias endividadas são São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte e Fortaleza.

Em termos proporcionais, Porto Alegre e Vitória registram 91% das famílias endividadas, seguidas por Belo Horizonte, Boa Vista e Curitiba com 90%, e Fortaleza com 88%. Por outro lado, cidades como Campo Grande, Salvador, Goiânia, Macapá e Belém apresentam percentuais menores de famílias endividadas.

O estudo também apontou que o percentual de famílias endividadas aumentou em algumas capitais, como Teresina, João Pessoa, Porto Velho e Fortaleza, enquanto houve queda em cidades como Rio Branco, São Paulo e Curitiba. A FecomercioSP explicou que as diferenças entre as capitais estão relacionadas às condições macroeconômicas de cada região, e destacou a importância de medidas para proteger o orçamento das famílias.

O economista Fábio Pina, assessor da FecomercioSP, ressaltou que apesar do grau de endividamento estar acima da média histórica, os dados de emprego indicam boas condições de renda e um mercado de trabalho aquecido, o que pode ajudar as famílias a reorganizarem suas finanças. Ele destacou a importância de ajustes tanto no mercado privado quanto por parte do governo para garantir a estabilidade econômica no futuro.

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