Em meio a um cenário de crise política, econômica e de segurança pública, o Peru vive um momento de instabilidade. Recentemente, a presidente Dina Boluarte declarou estado de emergência devido a uma onda de protestos desencadeada após a morte do músico popular Paul Flores em um assalto. Além disso, Boluarte enfrenta investigações por suspeitas de abandono de suas funções para realizar procedimentos estéticos e por envolvimento em escândalos de enriquecimento ilícito.
Apesar do crescimento econômico projetado para o Peru, analistas apontam que a atual presidente enfrenta desafios para manter sua credibilidade devido às crises que marcam seu governo desde que assumiu o cargo em 2022. A concentração de riqueza nas mãos da elite do país e a alta informalidade no mercado de trabalho são fatores que contribuem para a falta de distribuição de renda e impactam diretamente na qualidade de vida da população peruana.
A exportação de minério, principalmente prata, tem sido a base da economia peruana, mas a dependência desse setor e a falta de investimentos em infraestrutura podem comprometer o crescimento sustentado do país a longo prazo. A desigualdade regional, a informalidade no mercado de trabalho e a falta de acesso a direitos trabalhistas são desafios que o Peru precisa enfrentar para garantir um desenvolvimento mais justo e equilibrado para sua população.
Diante desse cenário, a presidente Dina Boluarte enfrenta uma baixa aprovação e desafios para limpar sua imagem, mesmo com a projeção de crescimento econômico. A questão da miséria e da informalidade no mercado de trabalho são questões urgentes que precisam ser abordadas para promover uma distribuição mais justa da riqueza e garantir um desenvolvimento sustentável para o Peru. A estabilidade política e econômica do país depende da capacidade de enfrentar esses desafios de forma eficaz e justa.
