O dólar comercial, por sua vez, demonstrou uma queda de 0,95%, encerrando a jornada cotado a R$ 5,426. A moeda americana, que havia aberto próximo à estabilidade, viu sua cotação despencar após um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que reforçou as expectativas de um corte nas taxas de juros da economia americana no próximo mês. Em seu pior momento do dia, por volta das 12h30, o dólar chegou a ser vendido a R$ 5,41.
Apesar da queda observada nesta sexta, a moeda norte-americana acumulou uma alta de 0,52% na semana e registrou um aumento de 3,12% ao longo de agosto, além de uma considerável valorização de 12,21% em 2025.
A reação do mercado foi amplamente influenciada pelas declarações de Powell, proferidas em um simpósio anual de presidentes de bancos centrais, onde ele destacou que o principal risco para a economia dos Estados Unidos está atrelado à desaceleração do mercado de trabalho e não à inflação, o que alimenta as expectativas de um ambiente de juros mais baixos.
Com a perspectiva de cortes nas taxas de juros nas economias avançadas, há uma tendência de migração de capitais financeiros para países emergentes, como o Brasil. Essa dinâmica ajuda a aliviar a pressão sobre o dólar e a impulsionar o desempenho das ações.
No entanto, a semana se iniciou com incertezas para os papéis de instituições financeiras, que enfrentavam a preocupação com as sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Essas sanções geraram tensão nas relações entre bancos brasileiros e o governo, mas o dia de hoje trouxe certa tranquilidade ao mercado, permitindo que investidores recompusessem suas estratégias.
A expectativa de um cenário financeiro mais favorável nos Estados Unidos continua a influenciar o comportamento dos investidores brasileiros, que observam atentamente os próximos passos da economia global. A postura cautelosa adotada nas últimas semanas pode dar lugar a um otimismo renovado, caso as promessas do Fed se concretizem e se reflictam em um crescimento sustentado.