ECONOMIA – Pedidos de Indenização por Enchentes no RS Alcançam R$ 5,6 Bilhões em Dois Meses, aponta Cnseg

Título: Solicitações de indenizações por enchentes no Rio Grande do Sul alcançam R$ 5,6 bilhões, revela levantamento

As enchentes que castigaram o Estado do Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano geraram um montante expressivo de R$ 5,6 bilhões em pedidos de indenizações de seguros, de acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg) divulgados hoje. O prazo analisado, que vai de 18 de junho a 31 de julho, reflete a magnitude dos danos ocasionados pelas inundações na região.

Um estudo detalhado da Cnseg indicou um aumento significativo de 43% nas solicitações de indenizações em comparação com levantamento anterior divulgado em 19 de junho, quando os registros somavam R$ 3,885 bilhões. Esse crescimento representa um acréscimo de R$ 1,71 bilhão em menos de dois meses, um indicador claro da gravidade e extensão dos prejuízos ocasionados.

Embora o valor adicional seja expressivo, a Cnseg observa uma desaceleração no ritmo dos pedidos de sinistros, sugerindo que os números estão se aproximando do valor final. Desde o início de maio, foram registradas 57.045 notificações de sinistro, evidenciando a amplitude dos danos e a resposta das seguradoras a essa catástrofe natural.

Expansão dos Setores Afetados

Entre os diferentes tipos de seguros, o segmento denominado "Outros", que inclui seguros empresariais, de transporte, riscos diversos e engenharia, teve o maior crescimento percentual, com um aumento de 65,3% nas solicitações. Esse setor registou 7.133 pedidos de indenizações, alcançando um total de R$ 817,9 milhões.

Em termos absolutos, o setor de Grandes Riscos mostrou um incremento notável, aumentando em quase R$ 1,5 bilhão de um mês para o outro e atingindo pagamentos superiores a R$ 2,8 bilhões, com 821 sinistros notificados. Este setor representa um dos aspectos mais críticos das avaliações, dada a complexidade e o valor elevado dos sinistros envolvidos.

Segundo Dyogo Oliveira, presidente da Cnseg, a entidade projeta um crescimento, embora modesto, nos pedidos de sinistros relativos a Grandes Riscos nos próximos meses. Ele ressalta que esses casos requerem processos de avaliação mais prolongados e detalhados, que incluem vistorias completas e minuciosas para determinar o montante exato das perdas.

O avanço dos dados demonstra não apenas a gravidade da situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul, mas também a importância de uma resposta adequada e ágil por parte das seguradoras para mitigar os impactos econômicos e sociais das enchentes. Com as avaliações chegando à fase final, a atenção se volta para os procedimentos de indenização e o suporte às comunidades afetadas, essencial para a recuperação do estado diante de tamanha adversidade natural.

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