Durante sua participação no leilão, Costa Filho destacou que essa intervenção não apenas facilitará a mobilidade urbana na Baixada Santista, mas também gerará cerca de cinco mil empregos diretos. Ele enfatizou que o tempo estimado para realizar o percurso entre essas cidades, que atualmente varia de 45 minutos a 1h15, será reduzido para apenas 3 a 5 minutos após a conclusão do túnel. Essa mudança promete não apenas otimizar o trânsito, mas também fomentar o turismo de negócios e lazer na região, elevando o potencial logístico local.
Adicionalmente, o ministro mencionou que o governo federal está em conversações com a administração paulista para realizar um próximo leilão focado em melhorias no Porto de São Sebastião, com previsão para o primeiro trimestre de 2026. Essa intenção revela um esforço contínuo para modernizar a infraestrutura portuária no estado.
As autoridades presentes no leilão se uniram em elogios à parceria entre os governos federal e paulista, que será crucial para viabilizar a construção do túnel, com recursos comuns para a execução do projeto. Contudo, o vice-presidente Geraldo Alckmin expressou reservas em relação à proposta de privatização do Porto de Santos, ressaltando a importância da Autoridade Portuária para a realização dessa obra, ao mesmo tempo que o ministro Márcio França reafirmou que os fundos virão da Autoridade e não da União.
Entretanto, o evento não esteve livre de tensões. Moradores de uma comunidade em Santos se mobilizaram do lado de fora para protestar contra possíveis desapropriações relacionadas ao projeto. O governador Tarcísio de Freitas, em resposta à validade das preocupações, afirmou que o governo manterá diálogo constante com os afetados e garantiu que ninguém será forçado a sair de suas residências para uma condição inferior, prometendo que todos receberão habitação equivalente ou superior dentro da própria cidade.
As discussões e os desdobramentos em torno de projetos de infraestrutura são complexos, mas a expectativa é que essas obras possam não apenas transformar a mobilidade, mas também o cotidiano das pessoas que vivem na Baixada Santista.