Uma das principais mudanças introduzidas é o aumento da cota máxima de financiamento, que passa de 70% para 80% do valor do imóvel. Além disso, o teto de imóveis passíveis de financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi elevado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Essas alterações visam beneficiar especialmente famílias com renda mensal acima de R$ 12 mil, que frequentemente enfrentavam barreiras para acessar crédito habitacional com condições favoráveis.
A mudança na cota de entrada é um dos aspectos mais significativos. Por exemplo, para a aquisição de um imóvel avaliado em R$ 500 mil, a entrada exigida cairá de R$ 150 mil, sob as regras anteriores, para R$ 100 mil, facilitando o acesso ao financiamento para diversas famílias.
Ainda dentro do pacote de mudanças, o uso do saldo do FGTS também foi ampliado com a atualização do SFH, permitindo que imóveis de maior valor sejam adquiridos com juros regulados e condições especiais, antes restritas a propriedades de menor custo. Os proprietários podem utilizar seus saldos do FGTS não apenas para a entrada, mas também para amortizar o saldo devedor ou para o pagamento de parcelas, aliviando a pressão financeira mensal.
Essas novas diretrizes não se aplicam apenas a imóveis novos, mas também a usados, desde que respeitados os limites estabelecidos pelo SFH. Outro ponto importante é que não é necessário ser cliente da Caixa para solicitar o financiamento, desde que o interessado atenda aos critérios de renda e apresente a documentação necessária.
Por fim, é fundamental que os futuros compradores se informem sobre seu potencial de financiamento, utilizando ferramentas como o simulador disponibilizado pela Caixa, que ajuda a calcular o crédito e as parcelas de acordo com a renda mensal. Com a expectativa de que esse novo modelo funcione a pleno vapor até 2027, o potencial de crescimento do setor imobiliário ao longo dos próximos anos parece promissor, colocando o sonho da casa própria ao alcance de mais brasileiros.