ECONOMIA – Nova lei permite uso de previdência aberta como garantia em operações de crédito. Benefício facilitará acesso a empréstimos e financiamentos.



O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou uma lei que permite aos participantes de planos de previdência complementar oferecerem os valores depositados em fundos abertos como garantia para empréstimos bancários. Essa norma foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (24).

Além da previdência complementar aberta, a lei também permite o oferecimento de depósitos em títulos de capitalização, em seguros pessoais e em cotas de Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) como garantias. O projeto de lei foi enviado ao Congresso Nacional em abril, como parte de um pacote para ampliar crédito e investimentos, sendo aprovado pela Câmara dos Deputados em junho e pelo Senado no último dia 1º.

De acordo com o governo, essa legislação pretende evitar que os titulares de produtos financeiros atingidos por planos de previdência complementar saquem os recursos em condições desfavoráveis. Em momentos de dificuldade financeira, seria melhor recorrer a um empréstimo com garantia do que resgatar os valores aplicados nesse tipo de investimento, semelhante à poupança.

Conforme informações do Ministério da Fazenda, até R$ 1 trilhão de depósitos na previdência complementar aberta poderão ser utilizados como garantia. A oferta de aplicações financeiras como garantia permite ao tomador conseguir taxas de juros mais baixas nos empréstimos. Isso acontece porque, em caso de inadimplência, o banco pode tomar os recursos investidos, reduzindo o risco para as instituições financeiras e diminuindo as taxas para os pagadores em dia.

No entanto, é importante ressaltar que especialistas em direito previdenciário fazem um alerta para que o consumidor fique atento às condições do contrato, como juros, custo efetivo e prazo de vencimento. Essa cautela evitará cair em armadilhas. É essencial considerar que planos de previdência aberta com baixo rendimento e alta taxa de administração podem não ser interessantes em longo prazo, tornando mais vantajoso resgatar o dinheiro e solucionar as dificuldades financeiras ao invés de realizar um empréstimo.

A previdência complementar aberta permite uma grande margem de escolha, possibilitando um planejamento com base nas coberturas desejadas, como invalidez e morte. Ao aplicar os investimentos pessoais, o investidor pode escolher o tipo de regime: progressivo ou regressivo.

Essa nova lei sancionada visa proporcionar mais opções e flexibilidade aos participantes de planos de previdência complementar, permitindo o uso desses instrumentos como garantia para empréstimos bancários. No entanto, é fundamental que o consumidor esteja ciente das condições contratuais e faça uma análise cuidadosa antes de optar por essa alternativa, evitando problemas futuros e garantindo a segurança de suas finanças.

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