Durante um encontro do Conselho de Participação Social da Presidência da República, mais de 300 representantes de organizações da sociedade civil se reuniram para discutir as mudanças propostas no BPC. O ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, responsável pela articulação com os movimentos organizados, afirmou que as demandas foram apresentadas à equipe econômica, mas não há garantias de que serão atendidas.
As preocupações dos movimentos envolvem questões como manter o caráter individual do benefício, não alterar a definição de renda e conceito de grupo familiar, priorizar pessoas com deficiência e garantir exceções sobre a obrigatoriedade da biometria. No entanto, Macêdo ressaltou que a decisão final caberá à equipe econômica liderada pelo Ministro da Fazenda.
Além disso, as propostas de mudança no BPC incluem a focalização no atendimento de pessoas incapacitadas, a vedação de dedução de renda não prevista em lei, a contagem da renda de cônjuges, companheiros e membros da família para acesso ao benefício, entre outras medidas. Essas propostas estão em tramitação na Câmara dos Deputados e o governo tem como objetivo economizar R$ 71,9 bilhões apenas em 2025 e 2026, como parte do pacote de corte de gastos que pretende economizar R$ 327 bilhões até 2030.
Durante o café da manhã com jornalistas, o ministro Macêdo também abordou rumores sobre uma possível reforma ministerial, afirmando que não há discussões nesse sentido por parte do governo, mas que o presidente Lula tem liberdade para fazer trocas no comando dos ministérios quando considerar necessário. Macêdo destacou sua trajetória política e sua ligação com o presidente, ressaltando que está preparado tecnicamente e politicamente para servir ao projeto que acredita para o país.