ECONOMIA – Ministro Silvio Costa Filho critica interferência política de EUA nas relações com o Brasil e defende busca por novos mercados para mitigar impactos econômicos.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, expressou preocupações bastante contundentes sobre a atual dinâmica das relações entre os Estados Unidos e o Brasil, considerando-a “contraproducente”. Durante um seminário realizado no Recife, Costa Filho destacou que a mescla de agendas políticas e econômicas por parte dos EUA poderia ter implicações negativas para o Brasil, especialmente em relação ao emprego e ao futuro econômico de muitos brasileiros.

Em sua fala, o ministro criticou o que chamou de “tarifaço” imposto pela administração americana, mencionando que essa política não apenas afeta diretamente o mercado de trabalho, mas também desestabiliza centenas de empresas brasileiras. Ele enfatizou que o emprego transcende ideologias políticas, afirmando: “Emprego não é de direita nem de esquerda. Emprego é do povo brasileiro”. Costa Filho apontou que, apesar dos desafios impostos pelas tarifas, o Brasil está adotando medidas proativas para contornar a situação. Ao invés de se deixar abater, o país está mobilizando esforços para diversificar seus mercados, buscando novos destinos para seus produtos, como a Ásia e a Europa.

O ministro ressaltou que a decisão do governo americano, embora negativa, serve como um catalisador para o Brasil acelerar a abertura de novos mercados. Ele citou que, sob a gestão do presidente Lula, o país já havia acessado mais de 390 novos mercados em um espaço de tempo relativamente curto e que as circunstâncias impostas pelos EUA poderiam incentivar essa tendência.

Participando do mesmo evento, o ministro das Cidades, Jader Filho, expressou otimismo diante de um possível questionamento interno nos EUA sobre suas políticas externas, sugerindo que vozes críticas poderiam se levantar contra as abordagens atuais. Já o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho, fez uma observação crítica acerca da administração Trump, que suspendeu legislações relacionadas à corrupção, enfatizando o progresso do Brasil na construção de um sistema institucional voltado para a transparência e a governança.

Dessa forma, embora as ações dos EUA criem desafios para o Brasil, elas também obrigam o país a se reintegrar ao mercado global com novas estratégias e perspectivas, indicando um momento crucial nas relações internacionais.

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