ECONOMIA – Ministro Haddad Critica Congresso por Retirada de Medida que Visava Taxar Ricos e Proteger Pobres; Anuncia Novas Alternativas para Recompôr Caixa do Governo.

Na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua indignação em relação à retirada de pauta da medida provisória que visava elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em sua análise, essa ação deliberada do Congresso foi uma escolha consciente que afeta os cidadãos mais vulneráveis, privilegiando grupos já favorecidos. Haddad não hesitou em indicar que esse movimento poderia gerar novas ondas de protesto, semelhantes às manifestações recentes contra os legisladores.

Em uma postagem em suas redes sociais, o ministro afirmou que, apesar de intensas negociações, o lobby em favor dos privilegiados prevaleceu. Para ele, a decisão de retirar a proposta não foi um erro, mas uma ação intencional que visa retirar direitos dos menos favorecidos. Ele defendeu que a medida, que pretendia aumentar a tributação sobre determinados investimentos e eliminar isenções, tinha como foco a tributação dos mais ricos e das empresas de apostas eletrônicas, conhecidas como “bets”. Estima-se que a arrecadação desse imposto poderia gerar cerca de R$ 17 bilhões em 2026, recursos que seriam crucialmente aplicados em áreas como saúde, educação e previdência social.

Haddad ressaltou que a proposta buscava garantir que os bilionários e instituições financeiras contribuíssem de forma mais justa, ao mesmo tempo que almejava proteger os direitos da população de baixa renda. Segundo ele, essa arrecadação ajudaria a equilibrar as contas públicas e ainda subsidiaria a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

O ministro chamou a atenção para o fato de que a sociedade está cada vez mais atenta ao que ocorre no cenário político. Ele afirmou que as pessoas estão cientes do que está em jogo e da necessidade de respeitar o resultado das urnas, que, segundo ele, demandam a inclusão dos pobres no orçamento e uma tributação justa dos ricos.

Além disso, Haddad informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve discutir, na próxima semana, novas alternativas para recompor um déficit estimado de R$ 35 bilhões nos cofres públicos, sendo R$ 17 bilhões para 2026 e R$ 18 bilhões para 2027. Nesse contexto, ele não descartou a possibilidade de utilizar cortes de despesas, conforme um pacote aprovado anteriormente, visando reduzir emendas parlamentares.

Por fim, o impacto da derrubada da medida provisória em 2025 é considerado mínimo, embora a proposta inicial indicasse uma previsão de arrecadação de R$ 10,5 bilhões para o presente ano. A situação se revela complexa e deverá ser acompanhada de perto nas próximas semanas, à medida que novas decisões se desenrolam no âmbito do governo e do Congresso Nacional.

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