Marinho acredita que o cenário político pode facilitar a discussão da redução da jornada de trabalho, considerando que o engajamento das categorias trabalhadoras poderá criar um ambiente favorável à aprovação das mudanças desejadas. Ele comparou essa situação ao recente sucesso da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que passou por unanimidade nas duas Casas Legislativas, indicando que pressões sociais podem levar a um consenso, mesmo em um ambiente inicialmente hostil.
O ministro defendeu que a economia brasileira já está madura para suportar uma redução da jornada máxima de trabalho, enfatizando que a atuação conjunta de sindicatos e empregadores poderá facilitar o adequado funcionamento das empresas, mesmo com a implementação de uma nova legislação. Ele concebeu que não há uma “fórmula única” para a jornada de trabalho, sugerindo que as negociações entre as partes podem levar a soluções viáveis que garantam a continuidade das operações, especialmente em setores que exigem funcionamento contínuo.
Marinho sublinhou a importância de um debate racional e respeitoso nas discussões legislativas, sem transformar o tema em um jogo político polarizado, o que poderia obscurecer os benefícios potenciais para trabalhadores e empresas. Nesse contexto, diferentes propostas de lei estão atualmente sendo analisadas no Congresso, incluindo a redução gradativa da jornada de trabalho e a revisão da escala 6×1, com movimentações distintas nas câmaras que refletem uma variedade de posições sobre o assunto.
Enquanto isso, as discussões continuam sobre a viabilidade dessas mudanças, com a expectativa de que o próximo ano traga novos avanços nesse debate essencial para o futuro do trabalho no Brasil.
