ECONOMIA – Ministro do Trabalho vê 2026 como ano decisivo para aprovar redução da jornada semanal e fim da escala 6×1, impulsionado por mobilização social em ano eleitoral.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, trouxe à tona a perspectiva de que o ano de 2026 pode representar uma oportunidade significativa para a aprovação de reformas importantes no campo trabalhista, incluindo a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas e a eliminação da escala de trabalho 6×1. Durante uma coletiva de imprensa na qual foram divulgados dados sobre a criação de empregos formais em novembro, Marinho destacou que a mobilização social poderá ser um impulsionador crucial nesse debate, especialmente em um ano eleitoral.

Marinho acredita que o cenário político pode facilitar a discussão da redução da jornada de trabalho, considerando que o engajamento das categorias trabalhadoras poderá criar um ambiente favorável à aprovação das mudanças desejadas. Ele comparou essa situação ao recente sucesso da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que passou por unanimidade nas duas Casas Legislativas, indicando que pressões sociais podem levar a um consenso, mesmo em um ambiente inicialmente hostil.

O ministro defendeu que a economia brasileira já está madura para suportar uma redução da jornada máxima de trabalho, enfatizando que a atuação conjunta de sindicatos e empregadores poderá facilitar o adequado funcionamento das empresas, mesmo com a implementação de uma nova legislação. Ele concebeu que não há uma “fórmula única” para a jornada de trabalho, sugerindo que as negociações entre as partes podem levar a soluções viáveis que garantam a continuidade das operações, especialmente em setores que exigem funcionamento contínuo.

Marinho sublinhou a importância de um debate racional e respeitoso nas discussões legislativas, sem transformar o tema em um jogo político polarizado, o que poderia obscurecer os benefícios potenciais para trabalhadores e empresas. Nesse contexto, diferentes propostas de lei estão atualmente sendo analisadas no Congresso, incluindo a redução gradativa da jornada de trabalho e a revisão da escala 6×1, com movimentações distintas nas câmaras que refletem uma variedade de posições sobre o assunto.

Enquanto isso, as discussões continuam sobre a viabilidade dessas mudanças, com a expectativa de que o próximo ano traga novos avanços nesse debate essencial para o futuro do trabalho no Brasil.

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