ECONOMIA – Ministro do Trabalho alerta que indicadores positivos de emprego não justificam interrupção de cortes de juros pelo Banco Central



O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez declarações contundentes nesta quarta-feira (29) sobre a trajetória de corte de juros pelo Banco Central (BC) em meio aos indicadores positivos de geração de emprego apresentados recentemente. Em entrevista, Marinho criticou a ideia de interromper a redução dos juros, enfatizando que os salários ainda estão baixos e que os juros permanecem altíssimos no país.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil fechou o mês de abril com um saldo positivo de 240.033 empregos com carteira assinada. No acumulado do ano, esse saldo foi de 958.425 empregos, enquanto nos últimos 12 meses houve um saldo positivo de 1.701.950 empregos. Apesar desses indicadores favoráveis, Marinho ressaltou que isso não justifica a interrupção na queda dos juros.

O ministro afirmou que as pressões contra a redução de juros em razão da economia aquecida são um alerta para o Banco Central continuar reduzindo os juros reais praticados no país. Ele mencionou a decisão recente do BC de diminuir o ritmo do corte da taxa básica de juros, passando a taxa para 10,5% ao ano.

Além da questão dos juros, Marinho também abordou a situação das enchentes no Rio Grande do Sul e como elas podem afetar os resultados de empregos formais a partir de junho. Ele destacou as medidas que o governo está tomando para auxiliar na recuperação das áreas atingidas e ressaltou os impactos positivos que as ações de reconstrução podem trazer para setores como a indústria, construção e venda de materiais de construção.

Diante dessas declarações, fica evidente a preocupação do ministro com a necessidade de manter o foco na redução dos juros e na recuperação econômica do país, tanto diante dos bons indicadores de emprego como dos desafios trazidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A expectativa agora é que o Banco Central continue a avaliar a situação de forma coerente e tome as medidas necessárias para impulsionar a economia e a geração de empregos.

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