Silveira enfatizou que a reestruturação do setor energético no país não pode acontecer sem algumas premissas básicas, como a segurança jurídica, o respeito aos contratos e a previsibilidade no mercado. Ele ressaltou a importância da Petrobras, que além de sua função empresarial, também desempenha um papel social significativo, especialmente em áreas onde exerce monopólio, como no escoamento do gás natural das plataformas.
Durante sua fala, o ministro destacou que a Petrobras deve agir de maneira a equilibrar o seu modelo de negócios com as necessidades do Brasil, deixando claro que esta abordagem não configura intervencionismo. Para Silveira, a valorização das ações da estatal sob a gestão do presidente Lula é um indicativo de que é possível garantir um ambiente de negócios saudável sem sacrificar as necessidades do país.
Ainda no seminário, o ministro propôs mudanças estruturais na forma como a Petrobras opera no mercado de gás natural. Ele defendeu que a estatal deve trabalhar para reduzir os índices de reinjeção do insumo, permitindo que mais gás esteja disponível para a indústria nacional. “Precisamos que a estrutura corporativa da Petrobras ajude o Brasil”, afirmou, sublinhando a urgência dessa questão para a recuperação econômica do país.
Além disso, Silveira mencionou que um dos primeiros passos para implementar essas mudanças seria firmar um compromisso da Petrobras com a PPSA (Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A) para o primeiro leilão de gás da União. Ele expressou a expectativa de que esse leilão ocorra até o primeiro semestre do próximo ano, um passo que poderá ser decisivo para o futuro do setor de gás no Brasil e para a indústria como um todo.
Com as discussões em andamento e o cenário econômico desafiador, a busca por um preço justo do gás natural aparece como uma estratégia vital para reverter a desindustrialização e fomentar o crescimento econômico.
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