Durante o encontro, Silveira ressaltou que o horário de verão não é uma decisão simples, pois traz implicações não apenas no setor energético, mas também na economia e na rotina da população. Ele destacou que a medida é importante para diminuir o acionamento de usinas térmicas nos horários de pico, porém, antes de ser implementada, deve ser cuidadosamente avaliada.
O ministro determinou uma reunião entre o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a Secretaria Nacional de Energia Elétrica e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para elaborar um plano de contingência para o verão de 2024/2025 e o planejamento energético do próximo ano. Essas ações visam garantir a segurança energética do país.
Alexandre Silveira também mencionou que estudos demonstram os benefícios do horário de verão para setores econômicos como o turismo, bares e restaurantes, durante os meses da primavera e do verão. Além disso, a economia gerada pela medida ajuda a reduzir o despacho de usinas térmicas nos horários de maior demanda, contribuindo para o equilíbrio do setor elétrico brasileiro.
Ele ressaltou a importância da geração de energia no país, especialmente diante do crescente consumo, e destacou a necessidade de adotar uma economia verde para garantir a sustentabilidade no setor energético. O ministro enfatizou que o futuro energético deve considerar a necessidade de desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental e inclusão social.
As declarações de Alexandre Silveira foram feitas durante um encontro em São Paulo com o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Prichetto Fratin, onde foram discutidas medidas para melhorar a qualidade dos serviços de energia prestados pela empresa Enel Distribuição São Paulo, após incidentes de apagões no estado.
O horário brasileiro de verão, que funcionou de 1985 a 2019, foi revogado pelo governo federal devido à pouca efetividade na economia energética. No entanto, a possibilidade de retorno está sendo analisada com cautela pelo MME, levando em consideração diversos aspectos, como a geração de energia, os índices pluviométricos e os impactos econômicos. A decisão será tomada com responsabilidade, visando garantir a segurança energética de todos os brasileiros.
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