ECONOMIA – Ministro da Fazenda promete fortalecer arcabouço fiscal e descarta reformulação em entrevista nos EUA ao G20. Presidente do BC endossa medidas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, juntamente com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se comprometeu a fortalecer o arcabouço fiscal em vigor desde o ano passado, caso seja necessário. Em uma entrevista coletiva em Washington durante a reunião de ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do G20, Haddad destacou a importância de manter as novas regras e garantir que estas se mantenham sustentáveis no médio e longo prazos.

Haddad enfatizou que o objetivo não é reformular o arcabouço fiscal, mas sim fortalecer uma decisão que já foi tomada. Ele explicou que medidas como bloqueios e contingenciamentos são temporárias para garantir que a lei aprovada pelo governo seja cumprida, enquanto o fortalecimento das questões estruturais é fundamental para a estabilidade fiscal a longo prazo.

Sobre o pacote de corte de gastos obrigatórios previsto para ser anunciado em novembro, o ministro da Fazenda não deu detalhes, mas ressaltou a necessidade dessas medidas para reforçar os parâmetros do arcabouço fiscal, como os limites de gastos e as metas de déficit primário. Campos Neto, presidente do BC, também destacou a importância das medidas fiscais para minimizar a preocupação do mercado financeiro em relação às contas públicas.

Durante as reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington, Haddad e Campos Neto presidiram a 4ª reunião da trilha de finanças do G20. O Brasil, que ocupa a presidência do grupo até novembro, expressou otimismo em relação à desaceleração econômica na maioria dos países após a recuperação pós-pandemia. Os países do G20 mostraram confiança em um “pouso suave” da economia global, mas destacaram desafios como o combate ao protecionismo que prejudica a recuperação de economias mais vulneráveis.

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