Haddad declarou que, com base nas informações obtidas em viagens realizadas recentemente, não parecia provável que os cortes nos juros no exterior começassem em março, mas que no primeiro semestre isso poderia se tornar realista. Ele apontou que isso traria benefícios para o Banco Central brasileiro, projetando uma taxa de juros terminal neste ciclo de cortes além do que se imagina atualmente. No entanto, ressaltou que eram apenas especulações e que a situação seria avaliada.
Nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá realizar a primeira reunião do ano para decidir o futuro da Taxa Selic, que está em 11,75% ao ano. Em dezembro, a autoridade monetária havia anunciado que continuaria a promover cortes de 0,5 ponto percentual no primeiro semestre, e a maioria das instituições financeiras acredita que o Copom fará três reduções até maio, para depois decidir a evolução dos juros básicos no Brasil.
Além disso, Haddad também comentou sobre a alta da Dívida Pública Federal, que fechou 2023 em R$ 6,52 trilhões. Ele destacou que boa parte do aumento no ano passado decorreu de heranças do governo anterior, como a quitação de precatórios e a ajuda financeira a estados.
O ministro também falou sobre as expectativas de crescimento econômico para 2024, afirmando que o governo espera um crescimento acima de 2% e está confiante de que o ano encerrará melhor do que as previsões. Segundo ele, o governo está tomando medidas para melhorar o ambiente de negócios e o crescimento, como o Novo Marco de Garantias, sancionado em outubro e ainda pendente de regulamentações.
Haddad ressaltou que os dados preliminares da economia em janeiro estão razoáveis e que o governo está confiante de que o país pode ter um ano acima das expectativas, assim como em 2023.