ECONOMIA – Ministro da Fazenda lança programa de crédito consignado para CLT visando proteger trabalhadores dos juros altos no mercado.



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (20) a implementação do programa de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT). Segundo ele, a iniciativa visa proteger os trabalhadores dos altos juros praticados pelo mercado e evitar o superendividamento da população.

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov, Haddad abordou a recente elevação da taxa básica de juros, a Selic, para 14,25% ao ano. O ministro enfatizou que os bancos cobram taxas muito mais altas do que a taxa de captação do crédito, que é levemente superior à Selic.

Haddad destacou que a implementação do crédito consignado para trabalhadores é necessária devido ao cenário de juros elevados e à atuação independente do Banco Central na fixação da taxa de juros. Ele ressaltou que a medida permitirá que os trabalhadores renegociem suas dívidas a taxas mais acessíveis, evitando assim o superendividamento.

O programa Crédito do Trabalhador proporcionará aos clientes bancários a possibilidade de migrar para um crédito mais barato, com as parcelas sendo descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor. A adesão ao programa será facilitada através do aplicativo da carteira de trabalho digital (CTPS Digital), onde os trabalhadores poderão solicitar propostas de crédito com instituições financeiras credenciadas pelo governo federal.

Além disso, a partir de abril, os bancos terão a opção de operar a linha de consignado privado em suas plataformas digitais. Haddad destacou que os trabalhadores terão acesso a créditos com taxas de juros mais baixas, tornando as prestações mais acessíveis e evitando o superendividamento.

O ministro também abordou a decisão do Copom do Banco Central de elevar os juros básicos da economia, ressaltando a importância do governo em cumprir as metas fiscais e equilibrar as contas públicas para controlar a inflação. Haddad enfatizou a necessidade de crescer de forma sustentável, sem a necessidade de recessão para controlar a inflação, visando um desenvolvimento econômico saudável para o país.

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