O ministro apresentou dados que revelam um impacto significativo dessa medida, afirmando que aproximadamente 20 milhões de brasileiros deixarão de pagar o Imposto de Renda durante o atual mandato. “Até o momento, já atualizamos a faixa de isenção três vezes, algo sem precedentes. Passamos de uma isenção de R$ 1,9 mil para R$ 5 mil”, destacou Haddad, enfatizando que essas mudanças são um passo importante na luta contra a desigualdade.
Em sua análise, o ministro considerou que a reforma do Imposto de Renda representa a primeira tentativa concreta do Estado brasileiro de abordar o problema da desigualdade. Ele ressaltou que, nos últimos três anos, a renda dos brasileiros registrou um aumento real de 18% acima da inflação, com dados do IBGE apontando o maior incremento de renda desde o Plano Real. “É necessário mais do que apenas combater a miséria; precisamos lidar com a desigualdade que persiste no país, onde figuramos entre os piores dez em termos de distribuição de renda”, afirmou Haddad.
O ministro também mencionou a existência de mais de R$ 600 bilhões em renúncias fiscais no país, considerando essa situação um verdadeiro escândalo. Ele explicou que o governo já conseguiu reverter R$ 100 bilhões dessas renúncias. A proposta é que, em vez de manter altas taxas sobre o consumo, o governo busque incrementar a arrecadação do Imposto de Renda para os mais ricos, contribuindo assim para uma maior justiça fiscal.
Haddad concluiu sua fala dizendo que o Congresso Nacional tem uma oportunidade crucial de colocar o Brasil na trajetória da justiça social e no combate à desigualdade. “É insustentável continuar entre os dez piores países em distribuição de renda; é um desafio para o desenvolvimento do nosso país”, finalizou, ressaltando a urgência de se enfrentar essa questão.