ECONOMIA – Ministro da Fazenda destaca importância da meta fiscal para o compromisso do governo com as contas públicas.

Em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (21) em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a importância da persecução da meta fiscal como um compromisso do governo com as contas públicas. Segundo Haddad, a situação do Brasil é mais confortável do que a de outros países que estão enfrentando dificuldades para equilibrar o orçamento.

A declaração de Haddad veio em resposta ao comunicado emitido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (20), que ressaltou a necessidade de cumprimento das metas fiscais para que o Banco Central continue reduzindo os juros. O ministro não manifestou contrariedade em relação ao comunicado do Copom e destacou a seriedade do país em relação às contas públicas.

No comunicado do Copom, que anunciou a redução dos juros básicos da economia para 12,75% ao ano, o comitê advertiu que qualquer mudança nas metas fiscais para o próximo ano teria impacto sobre a política de juros. O comunicado destacou a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e para a condução da política monetária.

O novo arcabouço fiscal estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. Isso significa que o governo poderá alcançar um superávit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou um déficit na mesma magnitude.

Haddad ressaltou que a parceria com o Congresso Nacional será fundamental para o cumprimento da meta estabelecida. Nos últimos meses, o governo enviou uma série de medidas provisórias e projetos de lei com o objetivo de reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação pública.

O ministro destacou a importância de não aprovar novas despesas e desonerações, e de corrigir as distorções tributárias que o Brasil acumulou ao longo dos últimos anos. Segundo Haddad, essas distorções têm causado uma erosão da base fiscal do país e nenhuma benefício social.

Após participar da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York e promover a agenda de transição ecológica do Brasil a investidores, acadêmicos e autoridades, Haddad teve um encontro com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O ministro classificou o encontro como rotineiro e afirmou que são realizados almoços periódicos para trocar informações técnicas.

Durante o encontro, Haddad discutiu com Campos Neto a turbulência no mercado internacional após o Federal Reserve indicar a possibilidade de aumentar os juros básicos nos Estados Unidos em breve. O ministro ressaltou a importância de acompanhar os acontecimentos mundiais e buscar as melhores decisões para o futuro do país.

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