De acordo com o ministro, o envio do pacote neste momento se deve ao fato de que é melhor submetê-lo ao Congresso agora, com medidas que já estão consolidadas entre os ministérios, o Legislativo e os parlamentares da base, do que esperar até o próximo ano e gerar mais incertezas. Haddad ressaltou que a revisão de gastos públicos será constante daqui para frente e que é fundamental para a estabilidade econômica do país.
O ministro também destacou a importância de uma rotina de revisão de gastos tanto do Poder Executivo quanto dos governos locais. Haddad mencionou o Benefício de Prestação Continuada (BPC) como um dos exemplos de gastos que cresceram além do previsto nos últimos anos, devido a mudanças e interpretações frouxas. Ele defendeu a necessidade de revisão desses gastos para evitar desequilíbrios futuros.
Em relação à elevação dos juros e seu impacto na economia, Haddad descartou a possibilidade de implementar estímulos parafiscais, como o uso de recursos fora do Orçamento, como os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O ministro acredita que o ciclo de alta dos juros terá um efeito rápido na economia, segurando a inflação em um curto prazo.
Com projeções oficiais indicando um crescimento de mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, mesmo com a desaceleração econômica, Haddad reiterou que não pretende adotar políticas de estímulo parafiscal, confiando no efeito dos ajustes fiscais para sustentar a economia do país.