A decisão de adiar a viagem à Europa, que estava programada para esta semana, foi tomada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, o cancelamento da viagem foi justificado pela necessidade do ministro em se dedicar a assuntos internos do país. Haddad ressaltou que a decisão de adiar a viagem foi influenciada pela iminência do anúncio do pacote de revisão de gastos.
Durante a manhã, Haddad participou de uma reunião com o presidente Lula e outros ministros para discutir as ações do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. Após a reunião, o ministro destacou que a apresentação do pacote de corte de gastos está próxima de ser finalizada.
No período da tarde, Haddad retornou ao Palácio do Planalto para mais discussões sobre o pacote com o presidente Lula. As ministras do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, juntamente com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também participaram do encontro.
Com a notícia do adiamento da viagem e a expectativa do anúncio das medidas ainda nesta semana, o mercado financeiro reagiu positivamente. O dólar fechou em queda, passando de R$ 5,87 para R$ 5,77, enquanto a bolsa de valores registrou alta de 1,7%.
Segundo Haddad, os pontos que competem ao Ministério da Fazenda já estão praticamente definidos, o que demonstra a rapidez com que o governo está agindo em relação a esse pacote de revisão de gastos. A expectativa agora é pela divulgação oficial das medidas e pela repercussão nos mercados e na economia como um todo.