Durante a declaração à imprensa, Haddad explicou que essa decisão foi tomada devido ao excesso de dispêndio acima dos 2,5% previstos no arcabouço fiscal. Além disso, ele citou a falta de resolução de problemas pendentes, como a reoneração da folha de pagamento das empresas, junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Senado. O ministro estava acompanhado de outras autoridades do governo, como as ministras Simone Tebet e Esther Dweck, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Os detalhes sobre os cortes serão divulgados na apresentação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, marcada para a próxima segunda-feira. O governo pretende editar um decreto listando as pastas afetadas pelos cortes. Tanto o contingenciamento como o bloqueio representam cortes temporários de gastos, porém, com motivações diferentes.
Haddad mencionou que há a possibilidade de revisão do contigenciamento de R$ 3,8 bilhões, caso as negociações com o Senado para a reoneração da folha de pagamento de empresas avancem. A meta fiscal prevista para este ano, de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB, continua sendo mantida pelo governo, conforme estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A expectativa é que essas medidas ajudem a equilibrar as contas públicas e manter a saúde financeira do país.