ECONOMIA – Ministro da Fazenda afirma que governo manterá regras fiscais para controlar gastos e crescimento econômico, sem medidas eleitorais controversas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de um evento em São Paulo nesta sexta-feira, onde afirmou que o governo não pretende alterar as regras estabelecidas pelo arcabouço fiscal, que estabelece um teto e controle de gastos. Durante a conferência, Haddad destacou a importância de manter a política econômica atual, que combina uma meta de déficit primário com uma regra de gastos.

Segundo o ministro, essa combinação permite que o Brasil cresça a taxas próximas à média mundial, demonstrando que a economia está reagindo de forma positiva às políticas públicas implementadas. Haddad ressaltou que o país está crescendo a uma média de 3,3%, mesmo com a moderação do ritmo de crescimento devido a pressões internacionais.

Em relação às metas fiscais, o ministro reforçou o compromisso do governo em persegui-las, mantendo a taxa de juros ultra restritiva para controlar a inflação e manter a economia estável. Haddad enfatizou que não serão adotadas medidas exóticas com fins eleitorais, garantindo que as ações serão baseadas em convicções e não em interesses momentâneos.

Durante o evento, Haddad também comentou sobre os dados do Caged, que apontaram a abertura de mais de 431 mil vagas formais de trabalho em fevereiro. Ele explicou que esse resultado não indica um aquecimento na economia, mas sim uma consequência da expectativa de uma super safra no país. Além disso, o ministro abordou a expectativa de uma desvalorização do dólar globalmente neste ano, o que poderia facilitar o trabalho do Banco Central para controlar a inflação.

Sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, Haddad se mostrou favorável, alegando a importância de manter a democracia no país. Ele discordou das declarações do governador Tarcísio de Freitas, que afirmou que o julgamento poderia desviar o foco de outras questões relevantes para o desenvolvimento do país. Para Haddad, o debate sobre a conduta de autoridades é fundamental e não deve ser ignorado em nome de outras agendas.

Sair da versão mobile