ECONOMIA – Ministério de Minas e Energia negocia mais de 100 cargos para reforçar estrutura da ANM contra sonegação bilionária de impostos.

Ministério de Minas e Energia (MME) está em negociações com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para a criação de mais de 100 cargos em comissão com o objetivo de fortalecer a estrutura da Agência Nacional de Mineração (ANM). Essa medida visa auxiliar no combate à sonegação bilionária de impostos no setor mineral, conforme identificado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo informações divulgadas sem citação de fonte pela Agência Brasil, esses cargos serão disponibilizados em breve para reforçar a fiscalização e a cobrança dos impostos devidos pelas empresas do setor.

Além disso, o MME informou que já foi autorizado um concurso público para preenchimento de 220 cargos na ANM. A Portaria 4.596 do MGI estabelece o prazo até 16 de janeiro de 2025 para a publicação do edital do concurso, que visa fortalecer o quadro de servidores da agência. A expectativa é que essas medidas contribuam para minimizar a evasão fiscal no setor mineral, que resultou em um prejuízo estimado de R$ 16,4 bilhões aos cofres públicos nos últimos oito anos.

O TCU apontou que a ANM enfrenta desafios na fiscalização e na cobrança dos impostos da mineração, com quase 70% dos processos ativos não efetuando o pagamento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) de forma espontânea. A falta de estrutura e de servidores qualificados tem sido um obstáculo para a efetiva fiscalização do setor, resultando em perdas significativas para o Estado.

Diante desse cenário, o governo se comprometeu a promover melhorias na ANM, equiparando os salários dos servidores com outras agências reguladoras e autorizando a nomeação de novos especialistas para atuar na fiscalização das barragens. As medidas visam fortalecer a capacidade da agência de regular e fiscalizar o setor mineral brasileiro, garantindo segurança, sustentabilidade e geração de empregos e renda para as comunidades envolvidas na mineração.

O TCU apontou um desmonte na estrutura da ANM, com redução de servidores e queda nas fiscalizações do setor mineral, o que tem facilitado a sonegação de impostos pelas empresas. O ministro relator do processo no TCU, Benjamin Zymler, ressaltou a importância de medidas efetivas para aprimorar a fiscalização e promover a cobrança dos impostos devidos, a fim de garantir a arrecadação correta desses recursos essenciais para o desenvolvimento do país.

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